sábado, 21 de abril de 2012

O Império Austro-Húngaro

Sempre soube que meu bisavô era Austriáco. Ainda mais com a certidão de estrangeiro dele confirmar essa nacionalidade. Quando comecei a fazer a pesquisa genealógica da minha família, alguns documentos ora declaravam que a nacionalidade era austríaca, outros italiana. Alguns documentos meu tataravô aparecia como Joseph Tomasizh, outros como Giuseppe Tomasich e no Brasil José Thomaz. Mas quando fui atraz da cidadania italiana fui entender o que realmente isso significava. Abaixo tem um resumo dessa explicação que está disponível no site http://www.trentini.com.br. Mas eu posso resumir em poucas palavras o que aconteceu. Todos os nossos ancestrais que vieram das províncias de Trento, Bolzano, Gorizia e parte de Udine e Trieste e outros territórios sairam da italia sem uma nacionalidade definida  (relação das províncias pertencentes ao império Autro-Húngaro: http://www.ctsp.org.br/cidadania02.php ). Posso dizer que o governo italiano praticamente deu as costas para eles, e eles praticamente fugiram dessas províncias sem saber ao certo sua nacionalidade. Por isso, a cidadania italiana é diferente para os descendentes de imigrantes dessa região.  O governo italiano deu a chance para reconhecer que esses imigrantes realmente eram italianos e não austriácos, embora esse reconhecimento seja muito demorado ou sinceramente burocrático demais.
João Carlos Thomaz 


O texto abaixo foi retirado do site: http://www.trentini.com.br

Várias regiões da Europa, no final do século XVIII, sofreram as invasões napoleônicas, e com a região trentina não foi diferente. Após a invasão dos franceses, começou a organização de uma resistência formada de atiradores que se uniram a forças austríacas e expulsaram os franceses após dois meses de invasão. Entretanto não tardou muito para os franceses retornarem a Trento e reocuparem a cidade em janeiro de 1797.

Esta segunda invasão concluiu-se em abril quando houve uma potente ofensiva austríaca e também se iniciava os preliminares de paz de Leoben, que foi assinada no dia 18 de abril de 1797.

Em janeiro do ano seguinte a França invadiu pela terceira vez a Província e instituiu mais um novo conselho que empossou dois personagens com bastante experiência política e cultural baseada em aspectos da Revolução Francesa, porém não puderam implementar muitas reformas porque logo em seguida, em fevereiro de 1801, foi assinado o acordo de paz entre França e Áustria. Então o Trentino viveu um período de indefinição política até quando em novembro de 1802 chegou em Trento o governador do Tirol e assumiu o poder e todo o território foi anexado à Áustria.

Em maio de 1805 Napoleão tomou o Governo da Itália e se sagrou rei da Itália. Nessa ocasião o governo da Áustria se alinhou com o da França contra a terceira coalizão, porém a Áustria foi derrotada e o governo da Província foi passado à Baviera que estabeleceu várias instituições, separadas das do Tirol e do Alto Ádige, que davam grande autonomia à Trento, vivendo posteriormente uma fase de grande desenvolvimento econômico.

No dia 28 de fevereiro de 1810, a França e a Baviera concordaram em anexar o território trentino à parte do Alto Ádige ao Reino da Itália, que se encontrava destituído desde 952. Para o Trentino foi uma fase que se começou a criar um sentimento de nacionalidade com a Itália.

Com a preparação da Campanha da Rússia, a constrição militar se tornava cada vez mais pesada e nos primeiros sinais de derrota das tropas de Napoleão, a diplomacia da Áustria entrou em fibrilação e em agosto de 1813 decidiu entrar em guerra contra a França ao lado das potências da Sexta Coalizão. Em um tratado bilateral, era passado à Áustria os territórios recebidos da França nos anos precedentes, e a partir deste momento a Áustria incentivou os grupos rebeldes a derrubar o governo departamental criado pela França no Tirol, Alto Ádige e parte de Trento.

Desde 1814 até o final da Primeira Guerra Mundial, Trento fica sob o domínio do Império Austríaco e mais tarde, de 25/12/1867 até 16/07/1920 ao Império Austro-Húngaro. Durante este século, Trento tinha uma representação desproporcional junto à Áustria que era muito mais sensível às questões da parte alemã do que da parte trentina. Em paralelo a isto crescia um movimento de italianidade e nacionalismo na região que abrangia desde o plano cultural até o lingüístico.

Assim, com a derrota do império Austro-Húngaro ao final do primeiro grande conflito mundial, em 1919 foi assinado um tratado que definiu o novo mapa territorial da Região do Trentino Alto Ádige, e a partir de 16/07/1920 as províncias de Trento, Bolzano, Gorizia e outros territórios sofreram os efeitos do Tratado de Osimo que passou esses territórios ao então Reino da Itália e mais tarde, pelo tratado de Paz de Paris de 10/02/1947, outros territórios dessa mesma região foram cedidos à Iugoslávia.

Fonte: http://www.trentini.com.br/?pagina=conteudo&unidade=1&uf=&idioma=port&id=40

Um pouco da história de Trieste

Trieste (em esloveno Trst, em alemão Triest, em húngaro Trieszt ) é uma cidade do nordeste da Itália, no Mar Adriático, e comuna italiana da região do Friuli-Venezia Giulia, província de Trieste, com cerca de 209.520 habitantes. Estende-se por uma área de 84,49 km², tendo uma densidade populacional de 2.479,8 hab/km². Faz fronteira com as comunas italianas de Duino-Aurisina, Monrupino, Muggia, San Dorligo della Vallee Sgonico e com a Eslovênia .
Trieste foi uma importante cidade do Império Austro-Húngaro, do qual era o principal porto.


História

Da Pré-História ao domínio dos Habsburgo
A catedral de São Justo.
Em tempos antigos (século II a.C.), Trieste tornou-se colônia romana com o nome de Tergeste. Essa prosperou sob o domínio romano e, depois da queda do Império Romano do Ocidente, ficou sob o controle de Bizâncio até 788, quando passou ao controle dos francos. No século XII tornou-se uma cidade livre e depois de séculos de batalhas contra a rival Veneza, Trieste pôs-se sob a proteção (1382) do duque de Áustria conservando porém uma certa autonomia até o século XVII.

O Porto Franco
No ano de 1719 tornou-se porto franco e, como única saída ao mar do Império Austríaco, Trieste foi objeto de investimento e se desenvolveu tornando-se, em 1867, capital da região de Litoral Adriático do lmpério (o "Küstenland"). Apesar de seu estado privilegiado de único porto comercial da Cisleitana e principal porto da Áustria-Hungria, Trieste manteve sempre em primeiro plano, nos séculos, os elos culturais e linguísticos com a Itália; de fato, embora o alemão fosse a língua oficial da burocracia, o italiano (ou melhor o dialeto triestino, que no curso do século XVIII substituiu o antigo dialeto friulano), permaneceu sempre a língua falada pela maioria dos habitantes.

O Irredentismo e a anexação à Itália
Trieste foi, junto com Trento, o centro do irredentismo, movimento que buscava a anexação à Itália de todas aquelas terras habitadas há séculos por populações de cultura italiana (ou itálica) mas que ainda não faziam parte da Itália da época (terras "irredentas"). Deve-se recordar que no caso de Trieste, Gorizia, Ístria e Dalmácia, viviam, e vivem ainda hoje, também outras populações (eslovenos e croatas). Em 1918, depois da Primeira Guerra Mundial, Trieste e sua província foram anexadas à Itália com grande alegria e festa da população italiana ainda que aquele momento coincida com a perda de importância da cidade que, de segunda cidade e porto mais importante de um império se torna uma das tantas cidades medianamente importantes da Itália. Começaram, então, para a população eslovena e croata, tentativas de nacionalização e de absorção cultural pela parte italiana. Nasceu assim nesta terra o assim chamado "Fascismo de fronteira", precursor daquilo que seria depois o fascismo a nível nacional.

A ocupação nazista e o fim da guerra
No período que vai do armistício (8 de setembro de 1943) ao imediato pós-guerra, Trieste foi o centro de uma série de vinganças que marcaram profundamente a história da cidade e da região circundante e suscitam ainda hoje acesos debates. Durante a ocupação nazista a Risiera di San Sabba- hoje Monumento Nacional - utilizada como campo de prisioneiros e de passagem para os deportados para a Alemanha e Polônia e campo de detenção e eliminação de partigiani italianos e eslavos, dissidentes políticos e judeus.
A Risiera foi único campo de concentração na Itália e na Europa Meridional, munido de forno crematório, posto em funcionamento em 4 de abril de 1944.
Era triestina a primeira mensageira partigiana da Itália deportada a Auschwitz (Ondina Peteani).
Em 30 de abril de 1945 insurgiu-se o Comitê de Libertação Nacional CLN de Trieste, apenas um dia antes da chegada das forças iugoslavas. As tropas alemãs resistiram até a tarde de 2 de maio, rendendo-se somente quando chegaram à cidade os primeiros soldados neozelandeses. O exército iugoslavo manteve o controle de Trieste até o dia 12 de junho (os quarenta dias de Trieste), durante os quais ocorreram execuções sumárias. Não apenas os cadáveres mas também os vivos eram atirados nas foibe, cavidades cársticas abundantes na região, para que ali morressem de fome. Posteriormente os Aliados assumiram o controle da cidade.

O Governo Militar Aliado e os acordos com a Iugoslávia
As reivindicações iugoslavas e italianas bem como a importância do porto de Trieste para os Aliados foram o motivo em 1947, sob a égide da ONU, da instituição do "Território Livre de Trieste" (TLT), na prática um Estado em si. Pela impossibilidade de nomear um Governador escolhido em acordo entre angloamericanos e soviéticos, o TLT permanece dividido em duas zonas de ocupação militar: a Zona A administrada pelos Aliados e a Zona B administrada pelos iugoslavos. Esta situação continuou até 1954 quando o problema foi resolvido simplesmente dividindo o território livre de Trieste segundo as duas zonas já designadas: assim, a Igoslávia chega até os montes da periferia da cidade. Tal situação provisória foi em definitivo resolvida só em 1975, com o Tratado de Osimo entre a Itália e a então República Socialista Federal da Iugoslávia.
Alguns movimentos locais relembram porém que os artigos do Tratado de Paz - firmado e ratificado pela Itália e por 21 nações envolvidas no Tratado de Paris (1947) - que instituíram o TLT, de jure jamais foram revogados. Recentemente, respondendo a uma de suas petições, o Secretariado das Nações Unidas confirmou por escrito que até agora qualquer país membro da ONU poderia requerer à mesa a ordem do dia com a designação do Governador do Território Livre.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trieste

Origem do sobrenome Tomasich e suas variações

“Jesus veio, estando às portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”! Disse depois a Tomé: “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e pôe-te no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. (Bíblia de Jerusalém) Episódio novo-testamentário. São João 20, 24-29.
“...é o célebre episódio evangélico no qual o apóstolo, que mostrara ceticismo e desconfiança, recebe de modo inequívoco a revelação da Ressurreição do próprio Cristo. A humanidade desta exemplar vicissitude veio a promover a difusão do nome Tommaso (base do cognome de grande expansão na região italiana, assim como de seus numerosos variantes); no século XII acresceu-se da devoção a São Tomás de Celano, um dos primeiros companheiros de São Francisco, do qual escreveu duas biografias, e atingiu máximo prestígio no século seguinte com São Tomás de Aquino, teólogo, autor da Suma Teológica, que por sua sabedoria e bondade foi chamado de “Doutor Angélico”.
Posteriormente foi honrado com a presença de outros santos, dentre os quais recordamos São Tomás Becket, Arcebispo de Canterbury (ou Cantuária). O apelido aramaico “t’oma” - “gêmeo” – correspondeu em grego com “Thomas”, depois “Thòmas”, vem traduzido na versão antiga do nome “Tómas” e “Toma” e nos derivados “Tomato” ou “Tomate”, adaptados no dialeto da região do Vêneto com “Tomado” e “Toma” (hoje repetidas variantes firmadas na região), forma proveniente, pois, de uma época muito antiga: difundido em seguida com renovada fortuna durante no Império Bizantino, o patronímico assume ao fim da Idade Média a forma latina Thomasus e Tomasus que, através da muito antiga Tomaso, se assentará na atual Tommaso.
* Primeiras atestações e difusão geográfica: de difícil datação, é difuso em toda Itália, com distribuição bastante alta na Emilia, Toscana, Salento e no Vêneto, onde é firmada a forma Tomas (também napoletana), Tomasi, Tomati, Tomate, os terminados em –uzzi e -utti e Tommaseo.
* Etimologia: o nome Tommaso, do qual deriva o cognome, é proveniente do termo proviente do aramaico “t’oma”, i.e., “gêmeo”.
* Variantes e derivados: Tomasi, Tomas, Toma, Tomate, Tomati, Toma, Tomasich, Tommaselli, Tommasetti, Tommasini, Tommasutti, Tommasuzzi, Tommasoni, Tomaseo, Tomasello, Tomasin, Tomasini, Tomadini, Tomadoni, Tomaelli, Tomaini, Tomazini, Thomazzini...
* Tommasi Famosos: O pintor Adolfo Tomasi, que viveu no séc. XVIII e XIX;
*Nesta variante recordamos o autor de “Gattopardo” Giuseppe Tomasi - Príncipe di Lampedusa;
* O escritor Niccolò Tommaseo (1802 - 1874);
* Pietro Tomasi - Marquês della Torretta.
* Giulio Tomasi - Duque de Palma o "Duque Santo" 1º Príncipe de Lampedusa - 1614;
* Ferdinando Tomasi - o "Príncipe Santo" 2° Príncipe de Lampedusa - 1651;
* Giulio II Tomasi - 3° Príncipe de Lampedusa 4° Duque di Palma - 1672;
* Ferdinando Tomasi - 4° Príncipe di Lampedusa 5º Duque di Palma - 1697;
* Giuseppe Tomasi - Duque di Palma - 1717;
* Giulio Tomasi - Duque di Palma  - 1743;
* Giuseppe Tomasi - Duque di Palma - 1767;
* Giordano Giuseppe Giordano de'Tomasi - Duque de Giordano - 1780;
* Maddalena Giordano de'Tomasi - Duquesa de Giordano - 1810;
* Giulio Tomasi - Duque di Palma - 1813;
* Giuseppe Tomasi - 10º Duque di Palma e 9° Príncipe di Lampedusa - 1828;
* Giulio Tomasi - Duque di Palma - 1868;
* Giuseppe Tomasi - 11º Príncipe de Lampedusa - 1896.
Detentores ainda, dos Títulos de: Condes de Chiusavecchia e Vallery, Barões de Bridoire e Senhores de Margarita.
[Hospedaria dos Imigrantes - SP, Livro 002, 018 de 05dez1884] e [Blasonario Piemontese].
Acervo Heráldico de Anderson de Castro Tomazine ®


Fonte: http://dedechi.hd1.com.br/eu.html

Sites da comune de Trieste

http://www.retecivica.trieste.it/
 http://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g187813-Activities-Trieste_Province_of_Trieste_Friuli_Venezia_Giulia.html

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Meu avô Iloy Thomaz

Este é o meu avô Iloy Thomaz, filho de Mário Thomaz (Tomasich). Um homem engraçado quando queria, mas bravo na maioria Não gostava de coisas erradas, que acabou deixando uma grande herança para seus filhos, netos e bisnetos, o valor da honestidade.

Buscando respostas!!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Minha Nonna, esposa do Mário Thomaz (Tomasich)

DonaVirgínia Cazelatti Thomaz. Esposa do meu bisavô. Saudades! Ela faleceu com 94 anos, e graças a Deus tive a oportunidade de conhecê-la. Italiana também.